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10 Fatos curiosos sobre autores, livros e literatura

1)A Bíblia Sagrada é o livro mais vendido do mundo. Calcula – se os números de exemplos já ultrapassaram 6 bilhões.
2)Até hoje, foram produzidos mais de 400 filmes baseados na obra de William Shakespeare.
3)Guimarães Rosa, famoso escritor brasileiro, morreu três dias depois da sua posse na Academia Brasileira de Letras.
4)Virginia Woolf, Goethe e Hemingway tinham o hábito de escrever em pé.
5)Conforme inventário da Unesco de traduções de livros, Agatha Christie é a autora mais traduzida em todo o mundo, com 6.598 traduções de traduções de seus contos, romances e peças teatrais.
6)Paulo Coelho é o escritor brasileiro que mais vendeu livros. Os números de exemplares ultrapassam 70 milhões.
7)A caligrafia do escritor Machado de Assis era tão ruim que, às vezes, até ele tinha dificuldade de entender o que escrevia.
8)A escritora inglesa J.K. Rowling escreveu todos os livros do Harry Potter à mão.
9)O poeta português Fernando Pessoa foi criado na África do Sul e teve o inglês como a sua segunda língua. Das quatro obras que publicou em vida, três são na língua inglesa.
10)O Bloomsday é um feriado comemorado em 16 de junho na Irlanda, em homenagem ao livro Ulysses, de James Joyce. É o único feriado em todo o mundo dedicado a um livro, excetuando – se a Bíblia.

Monteiro Lobato - Negrinha

Uma das grandes vantagens dos blogs é podermos partilhar opiniões. A deise do blog meneleubiblioteca falo-me sobre Negrinha de Monteiro Lobato (1882-1948), grande escritor brasileiro que eu não conhecia. Segunda ela, o autor está a ser acusado da sua obra ser racista. Pois bem, este foi o único trabalho que li de Monteiro Lobato, por isso o meu comentário é apenas deste conto e não de toda a obra do escritor, mas na minha modesta opinião quem escreve um conto como este é tudo menos racista.
     Parti do pressuposto que esta obra era recente – um livro com 20 anos é recente – por isso, vi neste conto um género de alegoria, pois acredito que casos destes já devem ser raros, para não dizer nulos. Bom estava enganado, a obra foi publicada em 1920. Nessa altura os maus tratos a crianças não deviam ser assim tão raros, se fossem negras o caso ainda seria pior. Dizem que Monteiro Lobato era racista? Alguém que o afirma, além de não ter lido bem a obra, também não pode conhecer o contexto histórico da altura. Então vejam:
    Encontramos um escritor preocupado com os maus tratos às crianças (Veio o ovo. Dona Inácia mesmo pô-lo na agua a ferva…Seus olhos contentes envolviam a miséria da criança que, encolhida a um canto, aguardava trêmula alguma coisa de nunca visto. Quando o ovo chegou ao ponto a boa senhora chamou: - Venha cá – Negrinha aproximou-se – Abra a boca – Negrinha abriu a boca, como o cuco, e fechou os olhos. A patroa, então, com uma colher, tirou da água “pulando” o ovo a zás! Na boca da pequena) preocupado com o racismo (“essa indecência de negro igual a branco”), preocupado com a “caridadezinha” de muitos (“Não se pode ser boa nesta vida…Estou criando aquela pobre órfã, filha de Cesário, mas que trabalheira me dá!”), preocupado com uma Igreja que no purgatório tudo perdoa aos ricos (“Gorda, rica, dona do mundo, amimada dos pobres, com lugar certo na igreja e camarote de luxo reservado no céu”), também é destacado a capacidade que os mais oprimidos têm em perdoar.
     Tal como outros grandes escritores como Doris Lessing ou Hertha Muller, a história é levado ao extremo e consequentemente os efeitos também. O leitor conhecera outras histórias, talvez menos graves, menos chocantes, mas também elas capazes de provocar o sofrimento, a dor ou a angústia. Um conto dura, muito duro, onde crueldade humana é demonstrada mas também fica provado que existe seres humanos preocupados com essas atrocidades.
    Boa leitura....

OS Malaquias - Andréa del Fuego

Andréa del Fuego é uma jovem escritora brasileira natural de São Paulo. Com apenas trinta e sete “primaveras” já tem vários livros editados no Brasil. O seu último romance, Os Malaquias, ao vencer o Prémio José Saramago, fez com que “saltasse para as luzes da ribalta” e ocupasse por várias semanas os tops de vendas tanto em Portugal como no Brasil.
Com um estilo de escrita muito próprio, onde o supérfluo não existe, a poesia é uma constante e o realismo mágico está sempre em pano de fundo, descreve a vida de três irmãos que ainda muito jovem – Nico aos nove anos, António aos seis anos e Júlia aos quatro anos – veem os seus pais morrerem após um raio atingir a sua humilde casa. Impercetível na altura, o raio deixaria marcas nos três jovens.
Júlia é adotada por Leila, uma senhora muito rica, António acaba por ficar num orfanato e Nico passa a viver na fazenda de Geraldo. Mas as vidas de ambos vão ser bastante diferentes, nem sempre quem aparenta ficar melhor é aquele que fica.
“Geraldo era dono até do que não tinha”
Geraldo, o fazendeiro, é outra das personagens em destaque ao longo do livro. Ele representa todos aqueles que valendo-se da sua posição social e económica aproveitam o mal dos outros para fazerem fortuna.
“Que Deus não me ouça, mas já ouvi casos em que a mulher adúltera é castigada com um filho defeituoso”
Muitos temas são abordados ao longo do livro. Os preconceitos socias, a vida dura das pessoas com poucos recursos, a não preocupação pelo mal dos amigos, mesmo quando estes passam fome, os laços sanguíneos que não garantem a amizade e a compaixão, a maçonaria ou a ganancia pelo lucro são apenas alguns dos temas abordados.
“Em águas turvas as substâncias não se veem.”
Quer se goste, quer se odeie, Os Malaquias fazem partes daqueles livros que não deixam o leitor indiferente.
Boa leitura…

 O Cortiço - Aluísio Azevedo

​É uma importante obra do naturalismo, que ajuda a entender a imigração ocorrida no Brasil no século 19 e discutir o determinismo. O Cortiço retrata as atitudes submissas do brasileiro perante o imigrante europeu.

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